A profissão de
Engenharia Química foi inicialmente proposta em 1880 por George Davis (figura 1) , um
inspetor de segurança que identificou a necessidade desse profissional, uma vez
que as indústrias químicas, até então, eram operadas por engenheiros mecânicos
que tinham seu trabalho aliados ao de químicos. Os fundamentos dessa nova
profissão foram propostos por ele em um conjunto de doze aulas. Porém, essas
alterações não foram bem aceitas pela comunidade acadêmica da época. O início
da profissão se deu em 1888, quando Lewis Norton (figura 2) estabeleceu sua estruturação
no MIT - Massachussets Institute of
Technology (PORTAL, 2007).
Figura 2: Lewis Norton.
(PORTAL, 2007)
Ambas
as guerras mundiais impulsionaram a Engenharia Química, por meio da indústria
química. Posteriormente, a indústria petroquímica causou grande desenvolvimento
(PORTAL,
2007). Atualmente, a Engenharia Química ampliou largamente sua área de atuação,
estando presente em praticamente todos os aspectos cotidianos.
O curso de
Engenharia Química forma profissionais com um perfil generalista, para que
sejam capazes de atuar nas diversas etapas de um processo produtivo, sendo
responsáveis por todo o processo industrial. Assim, viabilizam em escala
industrial os processos físicos e físico-químicos desenvolvidos em laboratório
(COMVEST, 2013).
O primeiro curso de graduação em Engenharia
Química criado no Brasil foi junto à Escola Politécnica da Universidade de São
Paulo e data de 1925, resultado da fusão e atualização dos cursos de Química e
Engenharia Industrial. Somente vinte e cinco anos depois, em 1950, surge o
segundo curso de Engenharia Química, junto à Faculdade de Engenharia Industrial
da Universidade Católica de São Paulo. Em 1952 a Escola Nacional de Química da
Universidade do Brasil cria também o curso de Engenharia Química no Rio de
Janeiro, com currículo bem atualizado. Nos anos subsequentes seguiram-se as
instalações de cursos pelas Universidades Federais de outros Estados
(RODRIGUES, C. G. 2009).
Transformar as
matérias em produtos economicamente eficientes, preservando o meio ambiente e
operando com segurança e confiabilidade são desafios deste profissional,
que tem vasto campo de atuação: petroquímica, alimentos e bebidas, açúcar e
álcool, fármacos, cimento, mineral, siderúrgica, produtos químicos diversos,
polímeros, cosméticos, meio-ambiente, tintas e vernizes, explosivos,
biotecnologia, fertilizantes, papel e celulose, entre outras (UNICAMP, 2014).
A quantidade de
indústrias que precisam de novos produtos e processos amplia-se constantemente.
A competitividade e escassez de matérias primas, além do seu alto custo, exigem
das organizações inovação. Por isso, o mercado de trabalho para o engenheiro
químico encontra-se cada vez mais amplo e diversificado, com perspectivas de
crescimento.
Face às evoluções recentes da Engenharia Química, que
ocorreram brevemente, já existem oportunidades nas áreas de engenharia
molecular, nanotecnologias, energias renováveis, tecnologias da informação,
engenharia de software, entre outras (PORTAL, 2007).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.
Portal de
Laboratórios Virtuais de Processos Químicos. 2007. Disponível em: <http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1>. Acesso em 26
de março de 2014.
2.
COMVEST – Comissão Permanente Para os Vestibulares. Engenharia Química: projetando ou
gerenciando. 2013. Disponível em: <https://www.comvest.unicamp.br/cursos/eng_quimica.html>. Acesso em 06
de abril de 2014.
3.
RODRIGUES, Cristiane Garcia. Introdução à Engenharia Química. Centro Universitário de Belo
Horizonte – UniBH. Departamento de Ciências Exatas e Tecnologia. Curso de
Engenharia Química. Belo Horizonte, 2009. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAybUAH/apostila-introducao-a-engenharia-quimica>. Acesso em 26
de março de 2014.
4.
Unicamp - Faculdade de Engenharia Química. Graduação. 2014. Disponível em: <http://www.feq.unicamp.br/graduacao-lateral>. Acesso em 26
de março de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário